quinta-feira, 24 de março de 2011

Quando Ainda Não Temos Experiência



 Falta de Experiência x Oportunidades de Emprego = ?

Essa é uma questão que não fecha por uma série de razões e uma delas reside na necessidade de agilizar o custo benefício da contratação onde poucas empresas estão dispostas a despender muito do tempo e do dinheiro da corporação em longos períodos de treinamentos, por esta razão exigem-se experiências mínimas.

Lendo meu artigo sobre Teoria da Administração, você irá constatar que este é um exemplo da predominância do Taylorismo. Tudo depende de um estudo, uma pesquisa, um sistema de conhecimentos, deixando o modelo empírico (de conhecer a função à medida do tempo de serviço) descartado. O problema é que isto acarreta novos empecilhos mesmo para quem já possui o estudo. A questão agora é EXPERIÊNCIA. Como obter emprego se estamos recém-formados e não temos experiência?

As empresas quando iniciam um processo seletivo estão mandando uma mensagem clara aos futuros funcionários de quais são as necessidades da empresa e os requisitos para a contratação. Em muitos casos os candidatos a uma vaga de emprego não conseguem preencher os requisitos e acabam por não conseguirem o emprego. Este sistema de gestão prejudica os candidatos recém-formados que não possuem experiências suficientes em face das oportunidades que aparecem – algo comum de acontecer.

Como fazer então para equilibrar essa conta em favor dos recém-formados?

Companheiros Técnicos e estudantes, Mesmo havendo um piso salarial, quem acaba regulando o valor dos salários e ditando as normas em algumas situações, é o próprio mercado de trabalho. Há profissionais que não estão dispostos a receber um salário mais baixo para trabalhar, mesmo não tendo experiência para ocupar o posto de trabalho e isso acaba prejudicando o seu acesso ao primeiro emprego. Por outro lado há empresários que se aproveitam dessas situações para contratar Técnicos sem pagar o piso da categoria, utilizando-se do argumento da falta de experiência do recém-formado. Essa é uma situação extremamente delicada e nos leva a fazer algumas perguntas:

- Quais são os meus interesses?
- Os meus interesses pessoais estão acima de qualquer piso salarial?
- Eu abro mão de um piso salarial em troca do primeiro registro em carteira somente para ganhar experiência?

Cada um sabe onde o calo aperta e por esta razão deve avaliar se deve ou não abrir mão de um piso salarial definido pela categoria e aceitar qualquer proposta independentemente do salário. Em que pese os interesses de cada indivíduo, muitos aceitam esta condição, mesmo que isso signifique ganhar menos o que de certa forma deprecia a categoria. A decisão de cada trabalhador é pessoal e a necessidade acaba por falar mais alto na hora de decidir. É perigoso jogar a profissão em uma vala comum aceitando baixos salários, mas nestes casos o que prevalece é a lei da oferta e da procura e a conta novamente não vai fechar positivamente em favor dos Técnicos.

Pode ser um pensamento muito antecipado, pois minha condição também é esta. Não posso deixar oportunidades escaparem. Infelizmente, esta é uma das fases mais difíceis dos Estagiários e Técnicos: manter-se recebendo um salário baixo durante algum tempo, apenas para obter experiência e a esperada carteira assinada. Por isso, digo que é imprescindível se preparar para esta situação, ou poderá perder o controle e jogar todo seu estudo e investimento por água abaixo. Nada que seja tão bom pode ser tão fácil. Mais difícil ainda é manter este algo bom, daí a minha insistência na Qualidade do seu serviço. 

A concorrência é grande, cabe aos profissionais que desejam a sua vaga prepararem-se e oferecerem um diferencial ao mercado de trabalho, é isso que vai determinar o sucesso ou o fracasso do candidato na procura pela vaga de emprego. É isto que acontece com muitos recém-formados, pois não se aprimoram e depois ficam lamentando seu desemprego, desestimulando outros recém-formados.

Se você deseja ganhar mais é bom que esteja alinhado com o mercado de trabalho, procure estudar, somente com um up-grade na carreira você agregará valor ao seu currículum e consequentemente valorização profissional. Não adianta fazer somente o Curso Técnico em Segurança no Trabalho e sair à “caça” de trabalho porque hoje o mercado exige muito do candidato e se você oferecer o que o mercado procura, um bom salário é questão de tempo.

Para saber se você está devidamente preparado para o mercado de trabalho, faça uma pergunta a si mesmo:

“Se eu fosse um empresário eu me contrataria?”

Seja honesto na resposta, se por acaso pairar alguma dúvida e a reposta for negativa, certamente você ainda não está maduro o suficiente para enfrentar um processo seletivo, necessitando então buscar mais aperfeiçoamentos e especializações para poder lutar em igualdade de condições com outros candidatos.

Mas há a pergunta-tema que não quer calar: Como conseguir emprego sem experiência?

Como já foi mencionado, fazer cursos de aperfeiçoamento e especializações dentro da área de atuação ajuda o candidato, mas essas atitudes isoladamente ainda não são suficientes e devem vir acompanhadas do aumento do grau de escolaridade. Pessoas que estudam mais têm a possibilidade de ganhar melhores salários, isso é fato, e não podemos nos esquecer dos cursos de idiomas que aumentam substancialmente as chances de conseguir bons empregos sobre tudo naquelas empresas que possuem comércio exterior.

Podemos citar entre elas o setor Petroleiro que está em grande expansão no Brasil devido às descobertas de petróleo e gás na camada pré-sal. Aliás, o setor de Petróleo e Gás oferece oportunidades para Técnicos em Segurança para trabalharem embarcados em plataformas de perfuração no regime OFFSHORE e ONSHORE e exige dos candidatos o domínio do idioma Inglês pelo menos no nível intermediário, o que faz do aprendizado de idiomas uma necessidade para o profissional nos dias atuais. Aproveitando o ensejo deste tema, informo que já comecei a investir em meu Inglês, onde estudo às segundas e quartas-feiras, à noite.

Qualificar é a palavra de ordem, saiba pontuar as suas deficiências profissionais e direcione os cursos certos para atender essas carências. Bons cursos podem suprimir a necessidade de experiência exigida pelas empresas, portanto a escolha é uma questão de objetividade, não desperdice o seu tempo e nem o seu dinheiro fazendo cursos que não acrescentarão nada ao seu currículum.

Lembre-se:
Desistir na primeira tentativa é duvidar da própria capacidade de perseverar. Não deixe a primeira porta que foi fechada selar o seu destino no mercado de trabalho, procure bater em todas as portas até que uma se abra e lhe dê a grande chance.

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